segunda-feira, 20 de agosto de 2012

JoCC participa de FESTVOC e fatura seis prêmios


Aconteceu nos últimos dias 18 e 19 de agosto, do Dispensário dos Pobres, a 8ª edição do FESTVOC (Festival Vocacional) da Diocese de Piracicaba. Lá se apresentaram números de dança, música, teatro e expressões artísticas como poesia, desenho e fotografia. O FESTVOC é um festival que ocorre anualmente em toda a diocese e tem por objetivo que os grupos de jovens da diocese manifestem seus dons através das modalidades culturais.

Este ano o JoCC se organizou para se apresentar nas diversas modalidades disponíveis, de maneira que pudesse participar de tudo. Assim, os jovens foram escolhendo qual atividade gostariam de participar. Assim, os grupos se organizaram e elaboraram coreografia de dança, peça de Teatro e uma canção, além das atividades individuais como poesia, fotografia e desenho.

Dessa forma, foi iniciada uma jornada cansativa e exaustiva de ensaios e mais ensaios, para que por fim pudéssemos participar com qualidade das atividades propostas. Foram mais de dois meses de ensaios e reuniões para que tudo fosse bem realizado para a evangelização pudesse ser realizada e que nossa mensagem fosse passada.

Semanas e mais semanas foram se passando, a proximidade do grande trouxe justo o famoso “frio na barriga”. Será que vai dar certo? Será que podemos ganhar algo? Diversas dúvidas e angústias  foram surgindo, porém com elas também veio a alegria de saber que fomos capazes de nos organizar para que tudo fosse realizado e bem feito.

Chegou o dia! Chegou o dia pelo qual corremos por todos esses meses. Dá uma sensação estranha saber que tudo que foi realizado era apenas para um momento, para alguns poucos minutos onde estaríamos apresentando as diversas expressões culturais. E agora, chegou a hora né!? Este foi o primeiro dia de FESTVOC, no qual apresentamos a peça Teatral “O Oxito Pródigo”, uma comédia que traz a tona a nossa vida, nossos caminhos e destinos, no qual podemos sempre nos perder, mas de uma forma ou outra sempre nos rendemos aos braços do Pai. Uma verdadeira comédia com tom nordestino que fez o público rir demais com os trejeitos do jovem Oxito (interpretado por Alan Melo), bem como pela malandragem e andar desengonçado de Palmit.. ops, Paulito (interpretado por Vinícius Leonardo). Ao final sabíamos que o trabalho foi bem realizado, pois o grupo foi aplaudido de pé e com muito animo. Enfim ... o trabalho foi bem 
realizado. Acabava assim o primeiro dia de evento.

Logo cedo já era de acordar para começar mais um dia de apresentações, agora dessa vez teríamos as apresentações de poesia, dança e música, bem como a exposição das obras de desenho e fotografia. Estávamos prontos para expressão nossa fé. E assim começa o segundo dia, com a apresentação da dança. Fomos bem, realizando tudo certo... Começamos bem! Eis que estava próximo o momento da poesia (sob a Responsabilidade de Mariza Martin). Poesia sobre fé, sobre o mistério, realmente uma obra que saiu das mãos e do coração de uma menina talentosa e iluminada. Realmente o dia estava bem abençoado, bastava somente apresentarmos nosso número de música para que nosso momento realizado com sucesso. Eis então que chega o momento de apresentarmos nossa canção, intitulada “Levanta-te”. E eis que, com melodia e emoção, despertando os aplausos contagiantes do público e dos jurados.

Fechamos o dia com chave de ouro... Não nos importava os prêmios, pois sempre fizemos tudo pela evangelização e pelo  Criador! Porém, eis que saímos de lá com bem mais do que a alegria e felicidade do dever cumprido.
  • 1º Lugar na categoria DESENHO, com a obra de autoria de Matheus Henrique
  • 2º Lugar na categoria POESIA
  • 2º Lugar na categoria FOTOGRAFIA, com a obra de autoria de Alan Melo
  • 2º Lugar na categoria MÚSICA
  • 3º Lugar na categoria TEATRO
  • Prêmio de melhor ator para Alan Melo (Oxito)


Saímos com os prêmios e bem, com a certeza de que fizemos as obras, que a fé se manteve! Muito obrigado a todos que durante todo esse caminho confiaram em nós, nossa paróquia, todos que de alguma forma nunca nos deixaram cair, mesmo perante as tristezas e decepções que inevitavelmente tomaram nossa jornada. O coração salta de alegria ao saber que o caminho foi percorrido com sucesso, e que realmente mostramos que temos uma juventude viva! É JOCC!!!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dois homens, dois princípios


 No dia 29 de junho a igreja do mundo inteiro celebra a festa dos "Príncipes dos Apóstolos”, São Pedro e São Paulo. Os dois não foram apenas dois grandes Santos e Mártires, representam também dois princípios fundamentais da Igreja, o da Unidade e da Ação Missionária. Pedro era um simples pescador, sem grandes estudos, mas um homem inteligente e idealista, com temperamento espontâneo, difícil. Foi o primeiro apóstolo a professar que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (cf. Mt. 16,16). Jesus lhe confiou o pastoreiro de sua Igreja: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerá sobre ela" (Mt 16,18)
Já a Igreja primitiva via na pessoa de Pedro e dos sucessores o sinal visível de unidade e da comunhão na fé e na caridade" (Missal Romano). Reconhecendo o primado de Pedro, os primeiros cristãos diziam: Ubi Petruz, ibi Ecclesia", ou seja, onde está Pedro, aí está a Igreja.
Ao contrário de Pedro, Paulo não conviveu com Jesus e era um intelectual, profundo conhecedor das Escrituras, reunindo em si as três grandes cultura da época: Foi Judeu de nascença, Cidadão Romano e educado na cultura Grega. Defendendo ardorosamente a religião judaica, perseguia furiosamente os cristãos, presenciando a morte do primeiro mártir cristão, Estevão (cf, At 7,58). Seu encontro com o Ressuscitado deu-se na estrada para Damasco, marcando o seu processo de conversão (cf. At 9,1-30). Instrumento escolhido pelo próprio Cristo para levar seu nome perante os povos (At 9,15), Paulo tornou-se o maior missionário de todos os tempos e um evangelizador apaixonado, que não descansou enquanto não anunciou Cristo a todos. Seu entusiasmo e ardor missionário eram tão fortes que chegou a dizer: “Não sou eu que vivo, mas Cristo [é que vive em mim].” (Gl 2,20). A Paulo devemos, além da expansão do Evangelho por todo o mundo Romano, a exposição de doutrinas encontradas em diversas cartas do Novo Testamento, conhecidas como “Cartas Paulinas”.
Embora fossem duas pessoas tão diferentes, Pedro e Paulo estiveram unidos na mesma fé e no mesmo amor a Cristo e à Igreja emergente. A universalidade da Igreja desponta na ação missionária de ambos, dirigidas a povos distintos: Pedro evangelizava os judeus e Paulo os gentios. Foram chamados por Cristo em locais e modos distintos, mas ambos encontraram a morte em Roma, por volta do ano 67: Pedro é crucificado de cabeça para baixo, pois julga-se indigno de morrer como o Mestre, e Paulo é decapitado.
Ao festejarmos São Pedro, o primeiro Papa, celebramos também o Papa atual, seu sucessor na cátedra de Roma e sinal de Unidade da Igreja, em meio a tanta diversidade. Unidos a ele, sejamos elos, como Pedro, num mundo dilacerado por discórdias, missionários atuantes, como Paulo, numa sociedade descrente, em favor de uma igreja unida e de um mundo solidário.
Dom Werner Siebenbrock, SVD
Bispo Diocesano de Governador Valadares (MG)
Fonte: [http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=6051]

domingo, 20 de maio de 2012

A oração simples e sincera chega ao coração de Deus





Dona Nazaré é uma mulher de muita fibra. Muito pobre. Vive sozinha nesse mundo ao lado de sua filha. Uma menina moça que nasceu com sérios problemas sanguíneos.
Desde pequena a menina sempre viveu doente. Poucas foram as noites que dona Nazaré não passou acordada boa parte do tempo tentando aliviar a dor da sua pequena.

Além das muitas dores que sentia em todo o corpo, a menina tinha uma fraqueza tão acentuada que a impediam de fazer até mesmo os serviços mais simples. Por ter que cuidar da filha e sendo sozinha no mundo, dona Nazaré vivia de uma pensão de meio salário mínimo, conseguida a duras penas, graças a ajuda de um vereador da região.

O dinheiro mal dava pra comer quanto mais para comprar os remédios cada dia mais necessários e mais caros.
A menina vivia a base de remédio caseiro e do cuidado primoroso da bondosa mãe.
Infelizmente com o passar do tempo o problema da menina foi piorando.
Naquela manhã, depois de uma noite inteirinha ao lado da filha, dona Nazaré não teve outra saída senão ir até Itajubá, a cidade mais próxima, para ver se conseguia alguma ajuda.
Como não conseguiu dinheiro pra levar a filha que estava fraca demais, tentou ajuda junto aos estudantes de medicina que fazem estagio no hospital universitário. Infelizmente o hospital não dispõe de condições pra fazer o atendimento domiciliar, ainda mais que a paciente estava a 18 km de distância.
Dona Nazaré não desistiu. Mãe não desiste. Foi até a Santa Casa. Quem sabe ali encontraria um médico que pudesse ir até a sua casa pra tentar curar a sua filha. Também lá não conseguiu nada, a não ser a promessa de que se trouxesse a menina, tentariam dar um jeito de interná-la. Mas infelizmente não teriam como deslocar-se até o interior.
Ela ficou pensando.
Pra ir até Delfim Moreira pedir a ambulância da prefeitura é uma viagem fora de mão. Quase impossível.
O jeito era trazer a menina pra Santa Casa de misericórdia de Itajubá. Nasceu no coração daquela mãe aflita um raio de esperança, quem sabe conseguiria alguém que ajudasse a trazer a menina. Decidiu voltar pra casa e pedir ajuda aos vizinhos, pensou especialmente no japonês, um plantador de arroz que tinha um jipe e de vez em quando as presenteava com meio saco de arroz recém colhido. Quando voltava ao mercado municipal, que tomaria um ônibus ou pegaria uma carona, dona Nazaré passou em frente a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade. Como boa mineira, entrou para rezar um pouco. Dentro da Igreja tinha um grupo de animados jovens: rezavam, cantavam, era um grupo carismático. Por alguns instantes dona Nazaré acabou se esquecendo de sua filha doente. A música daqueles jovens era bonita demais. E dona Nazaré foi se misturando ao animado grupo. Depois de algumas suaves canções os jovens começaram a rezar. Cada hora era um que fazia uma oração espontânea. Lindas e profundas orações. Dona Nazaré se sentindo motivada e talvez até contagiada pela fé daqueles jovens, quase da idade da sua filha, também se dispôs a fazer uma oração. Claro que os jovens ficaram felizes. E acolheram com muito carinho a sua disposição.
Mas, quando a mulher começou a oração, alguns dos meninos tiveram que se segurar muito para não cair na gargalhada. Que oração mais estranha aquela mulher estava fazendo. Ela falava com Jesus como se Ele fosse um entregador de pizzas, pensou um dos meninos.
Quem será que Ela pensa que é Jesus pra falar desse jeito com Ele? – questionava intimamente uma das coordenadoras do grupo.
A mulher começava a rezar com devoção. A oração dela:
- Senhor Jesus, olha sou eu, a Nazaré. Não sei se o Senhor se lembra. Sou lá do Biguá. Muitas vezes já conversei com o Senhor na Igreja de São Benedito, lembra?
Pois é Senhor Jesus, o problema da minha menina ta cada vez pior. Essa noite ela não pregou os olhos nem um minuto, nem eu. A pobre da coitadinha gemeu a noite toda. Virava pr’um lado e pro outro. Suava feito uma condenada. Não sei como ela está lá agora. Vim aqui pra ver se achava um médico, pra ir em casa consultar ela. Mas os médicos não podem ir. Se fosse o doutor Gaspar eu sei que ele iria, que Deus o tenha. Lá na Santa Casa, mandaram eu trazer a menina. Como eu vou conseguir fazer isso? Ela ta fraca demais.
Não temos dinheiro pra alugar uma ambulância, até pensei em pedir ajuda pro senhor Toshio, aquele bondoso plantador de arroz, quem sabe ele traz a menina. Mas agora eu to aqui Senhor, eu queria pedir. Já que o Senhor está em todo lugar o Senhor bem que podia ir até lá em casa curar a minha filha. Não custa nada. O senhor sabe e pode.
Os jovens estavam estragando aquela oração. Dois rapazes dos mais novos não conseguiram segurar o riso e chegaram a sair da Igreja. “Onde já se viu uma pessoa rezar desse jeito?” “Até é falta de respeito falar assim com Jesus!” “Ela nem louvou o Senhor!” “Não recitou nenhum versículo da Sagrada Escritura!” “Ela não sabe rezar!” “Com certeza nunca fez uma experiência de oração.” “Sua oração estava atrapalhando o grupo.” “O grupo tava indo tão bem.” – concluiu um dos rapazes que tinha saído.
Dona Nazaré continuou rezando.
- É verdade. O senhor num instantinho podia ir lá em casa curar a menina e já voltava. Não é difícil chegar na nossa casa não. O Senhor pega a rodovia que vai pra Aparecida do Norte, lá eu sei que o Senhor conhece bem, na ponte de Santo Antonio o Senhor entra rumo Delfi Moreira, só que na hora que chegar na água limpa, bem em frente a fábrica de queijo, o Senhor vira pra esquerda, passa a ponte e continua… Depois da ponte não vira pra direita não. Lá vai para o mosteiro de Serra Clara. Minha casa fica para o outro lado. Então o Senhor passa a ponte e segue reto. Em frente sobe um morrinho bem pesado e já vai virando pra direita. Logo o Senhor já chega lá na estação onde antigamente a gente pegava o trem. Não é lá não. Lá tem uma placa com o nome Biguá mas o Biguá é mais pra cima. O Senhor passa a morada do pessoal dos ramos, depois vem a reta do Zé Gaspar, chega na curva da Cridia, ali não vira pro lado da ponte não, passa meio reto pra lado esquerdo, sobe o morrinho do grupo escolar, o Senhor vai passar em frente a casa onde o baiano morava. Depois vem a casa que era do Venazão. Ali tem até um atalho mas é melhor o Senhor ir pela estrada mesmo. Logo depois da curva o Senhor já vai ver a Igreja de São Benedito, ali é fácil. É só o Senhor perguntar na bar do Lourenço que ele sabe onde fica a minha casa, ele vende queijo, é o vereador que arrumou o fundo rural pra nós, é só o Senhor pedir pra ele que até é capaz dele levar o Senhor lá em casa, eu moro pertinho.
A essa altura os jovens já estavam se esforçando para não cair na gargalhada. Era uma experiência inédita além de longa aquilo, segundo eles, não era oração.
Mas dona Nazaré continuou:
- A hora que o Senhor chegar lá em casa a portas vai tá trancada, não tem problema, a chave ta no vaso de flor que fica pendurado no alpendre. O senhor pode entrar, cura a minha filha e depois, por favor, tranca de novo a porta, que eu me preocupo muito com a menina.
Depois que o senhor curar ela, é só fechar a porta, colocar a chave no mesmo vaso que a hora que eu chegar eu acho e entro.
O jovem que tocava o violão começou a tocar uma musica e cantar bem alto, dona Nazaré parou de rezar, saiu da Igreja até meio triste, nem deu tempo pra ela dizer pro nosso Senhor que tinha café no bule em cima do fogão de lenha, caso Ele quisesse tomar um golinho. E no forninho tinha bolão de fubá. Paciência. Ater que o jovem cantava bonito. – Só foi meio grosseiro interrompendo a minha oração. – Com o pensamento continuou rezando. Desceu a escadaria da matriz, atravessou a ponte que antigamente era muito mais bonita quando tinha os dois arcos, e foi na direção do mercado. Quem sabe um filho de Deus não lhe daria uma carona! Graças a Deus conseguiu a carona num caminhão de Sento Silva. Um pouco mais de meia hora lá estava ela de volta, sem remédio, e com a esperança de pedir ao Senhor Toshio que levasse a menina pra Santa Casa. Qual não foi a sua surpresa ao abrir a porta de sua casinha e encontrou a menina sentada, comendo um delicioso prato de arroz doce, a sua filha querida.
A menina deu um pulo de alegria e veio correndo abraçar a mãe. Dona Nazaré ficou estupefata. Já tinha até se esquecido da sua reza na Igreja.
- Minha filha, você de pé? Que cara mais boa. Como é que isso aconteceu?
E a menina começou a explicar:
- Olha mamãe, eu estava deitada, como a senhora me deixou, rezei meu terço da misericórdia junto com a Eliana Sá, escutando a rádio Canção Nova. E acabei cochilando ouvindo o Diácono Nelsinho Correia cantar Quem Me Segurou Foi Deus. De repente, eu escutei um barulho na porta, como estava quase dormindo achei que fosse a senhora, que já tinha voltado. Nossa mamãe, quase eu morri! Não era a senhora. Era um homem muito bonito, grande, risonho. Ele usava uma roupa diferente, tinha um cabelo enorme. Me olhou como nunca ninguém me olhou na vida. Ele foi chegando perto de mim e eu fui perdendo o medo. Comecei a sentir um negócio que parecia um choque elétrico, meu sangue parece que fervia. Ele não falou nada. Foi chegando em silêncio, devagarinho. Com um baita sorriso nos lábios. Chegou perto da minha cama, me estendeu a mão, pensei que fosse um médico. Tentei perguntar pela senhora mas as palavras não saiam. Eu falava mas não escutava nada. Eu acho que tava muda, surda, não sei. Só sei que Ele me segurou firme pela mão, foi me levantando vagarosamente, me colocou de pé, e me deu um grande abraço.
Com os olhos cheios de lágrimas, dona Nazaré foi repetindo quase que inconscientemente os gestos como a menina ia descrevendo. E ela, com os olhos molhados de lágrimas continuou:
- Depois de me abraçar demoradamente Ele foi saindo bem devagarinho, deu um gostoso beijo na minha testa e foi se afastando, quando estava quase perto da porta Ele fez um sinal de tchau e falou: – Diga pra sua mãe que Eu vou deixar a chave no vaso de flor. Ele ainda completou. – Gostei muito da flor. É a primeira vez que eu vejo lágrimas de Cristo em vaso. Adorei a idéia.
Claro, nenhuma das duas conseguiu achar palavras para manifestar a sua gratidão a Jesus, a única coisa que fizeram, foi buscar aquele vaso de lágrimas de Cristo, colocá-lo sobre a mesa, perto do rádio, beijá-lo com um carinho quase sacramental e olhando o pequeno crucifixo na parede fizeram chegar até o céu uma linda oração de louvor:
- Muito obrigado Senhor, viu, o Senhor achou direitinho. Eu não falei que era fácil? Brigada mesmo. Eu tinha certeza que podia contar com o Senhor. 

Pe. Léo
História extraída do livro "Roteiros Bíblicos de Cura Interior"

                                   

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Grupo JoCC – um momento especial



Amigos, amigas.
Durante esse dia frio de uma segunda-feira véspera de feriado, vários pensamentos, angustias e reflexões vieram em minha mente. Creio que, o tempo nublado, nebuloso e acinzentado me deu uma impressão de véspera, de várias perguntas e reflexões, como se o tempo fechado não me deixasse ver a luz que se esconde por trás dele. Enfim, pensamentos e mais pensamentos me acompanharam.
Neste fim de semana, vivemos momentos muito especiais, e especialmente também este mês que termina vivemos muitas experiências e me senti no dever de compartilhar estes momentos e o que tudo isso me trouxe a tona.
Primeiramente para compor este texto fiquei pensando, revirando fotos, vídeos, textos, momentos vividos por este grupo que especialmente neste mês de abril passado viveu sua 4ª primavera. Muitos neste mesmo mês viveram um momento de confirmação de seus votos batismais, momento importante para o cristão como a confirmação do compromisso com o Cristo libertador e salvador.

Nesse momento, muito me marca uma passagem onde Lucas cita um momento muito importante ocorrido após a morte de Cristo.
E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecesse.” (Lucas 24:13-16)
O caminho que percorremos geralmente é bem mais importante que o destino onde queremos chegar. Tal caminho nos forma, revigora, nos fortalece. Cada terreno onde passamos deixa marcas, boas e ruins, e também nossos pés deixam marcas nesse solo, que mesmo com o vento e com a chuva, de uma forma ou de outra estarão lá e farão com que esse chão não seja mais o mesmo de antes.
Em uma caminhada de quatro anos, convivemos com diversas pessoas. Diversos “pés” que deixaram marcas, boas e ruins também em nosso solo chamado coração. Cada solo também deixou marcas nesses pés, pois muitos voltam e seguem caminhando conosco.
Em Emaús, os homens caminhavam e conversavam, até que um homem qualquer se aproximou e se pôs a caminhar com eles. O homem qualquer os questionava, os instigava a falar sobre um tal Galileu que havia morrido a poucos dias. O homem andou e comeu com eles, foi aí que os olhos se abriram para o Cristo que caminha com eles.
Em muitos vezes temos Cristo ao nosso lado, caminhando conosco, estando ao nosso lado. O Cristo missionário, o Cristo que se põe ao lado na caminhada.
Essa caminhada amigos, estamos construindo a 4 anos, criando raízes, construindo fé. Nesse momento vivemos muitos momentos especiais, momentos que não queríamos estar vivendo e outros que jamais saíram de nosso coração.
Como disse no começo desse texto, vivemos momentos muito felizes nesse último fim de semana. Fizemos memória dos diversos momentos que nosso grupo tem vivido. Momentos de alegria, de espiritualidade, momentos de felicidade, tristeza também, porém momentos em que sempre vivemos unidos.
Conduzidos por uma freira - que em muitos momentos sinceramente nos tirava a paciência, porém que amamos demais - chegamos onde estamos hoje, vivemos o que vivemos, nos transformamos, nos fortalecemos e nos unimos, sempre confiantes nesse Cristo e também unidos pela fé.
Em diversos momentos pensamos em desistir, pensamos em parar no meio do caminho e dizer “chega”, “não dá”... em muitos momentos pensamos, “hoje não vou”, “tá cedo”... isso todos nós pensamos. Porém, caminhando e olhando ao nosso lado um Cristo que caminha conosco nas lutas diárias, isso nos faz abrir nossos olhos para o sagrado, para aquele “partir o pão” que para nós é essencial.
Em cada momento dessa breve caminhada percorrida, muitos amigos eu fiz e venho fazendo, amigos que são eternos. Mas nada me dá mais felicidade de ver essa família cada vez mais forte, mais unida com o Cristo e pelo Cristo.
Finalizo esse texto com um texto extraído da Canção Nova:
E quem tem sede, e sabe que a tem, mas nada faz, continua sedento. Por outro lado, quem tem sede do Senhor e pede essa graça, com total confiança em Deus, em vez de um copo, a vida o saciará com uma fonte, que jamais vai cessar de jorrar de seu interior. Ricardo Sá Canção Nova

Um vídeo que significa bastante o que vivemos nesse último fim de semana:


Para conhecer mais momentos desse grupo acesse nosso álbum de fotos.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

PARA QUE SERVE O GRUPO DE JOVENS?


Uma das maiores expressões eclesiais e sociais de jovens no Brasil também se faz presente há mais de 30 anos na Metrópole da Amazônia. Entre os desafios que a interpelam, ousa promover e defender a vida daqueles (as) que historicamente vêm sofrendo com as mazelas do empobrecimento social. Estamos falando de uma das organizações que constrói dia-a-dia um novo jeito de ser Igreja a partir dos grupos de base presentes na Arquidiocese de Belém: a PASTORAL DA JUVENTUDE!

É interessante perceber alguns documentos eclesiais produzidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), que refletem sobre o processo de educação e amadurecimento na fé, tem muito da (con) vivência PJoteira. Podemos pegar o "Marco Referencial da Pastoral da Juventude¹" ou a "Civilização do Amor: Tarefa e Esperança²" e comparar com o atual "Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais³" e notar quanta semelhança com o que é proposto e que busca ser vivenciado nos grupos de base da PJ. Mas, toda esta experiência acumulada dos grupos da Pastoral da Juventude serve para quê?

Adélia Prado já dizia que "o que a memória amou fica eterno". Neste sentido, recordar a caminhada do grupo de jovens, nada mais é que apontar novos caminhos com base na experiência. O grupo de base é a opção pedagógica de trabalho da Pastoral da Juventude e o principal espaço para proporcionar aos(as) jovens sua valorização pessoal. Nele os questionamentos e respostas são constantes para que os(as) mesmos(as) tenham um desenvolvimento que leve em consideração a sua integralidade. A descoberta do(a) jovem em vista das relações consigo mesmo(a), com o(a) outro(a), com Deus e com a sociedade e sua ação são caminhos trilhados no grupo.

Sem ele, nenhuma outra instância consegue funcionar na Pastoral da Juventude, pois é com ele e a partir dele que as coordenações e assessorias terão elementos palpáveis para construir metodologias, apontar pistas de como dinamizar a ação com os(as) jovens na comunidade, além de fornecer novas lideranças para pastoral ou em outros espaços da sociedade. Em vista disto, sua preocupação não deve ser somente contribuir para futuros(as) adultos(as), mas principalmente para o protagonismo juvenil. Ele deve favorecer a participação dos(as) jovens a contribuir na reflexão/ação, no serviço eclesial e social.
"Os grupos de jovens são um instrumento pedagógico de educação na fé. O pequeno grupo, como instrumento de evangelização, foi um dos instrumentos pedagógicos usados por Jesus ao convocar e formar seu grupo de doze apóstolos." (Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas Pastorais, n. 151 - CNBB, 2007/Doc. 85)

Por conta do risco de isolamento ou da "autossuficiência" que compromete o desenvolvimento dos(as) jovens, é preciso estimular outro elemento para a convivência grupal: a INTEGRAÇÃO. No testemunho da comunhão, a PJ está articulada numa grande teia que tem como ponto de partida os grupos de base organizados em uma Paróquia, articulados em uma área pastoral (Região Episcopal), Arquidiocese, Regional e em nível nacional, tendo a importante missão de fortalecer a organização, dando respostas palpáveis à unidade e também a comunicação. Se isso não acontece nos pequenos grupos paroquiais, nas demais instâncias da estrutura organizacional, tende a dificultar.

Saber cuidar, também deve ser prática no grupo de jovens. Não ser somente ato, mas atitude. Ser exercício constante em nossas relações, ser prática de acolhida, de atenção. É sempre necessário converter-se ao cuidado, à ternura. Deixar que o amor possa ajudar desconstruir preconceitos, construindo pontes ao invés de muros. Como uma das metodologias utilizadas nestes grupos é a educação entre pares onde os(as) jovens são os(as) principais responsáveis em evangelizar outros(as) jovens, torna-se interessante que ele seja formado entre 20 a 25 jovens, até no máximo 30 participantes para melhor desenvolver a hospitalidade, as reflexões/debates e a espiritualidade nos encontros.

O grupo de base segue a pedagogia de Jesus Cristo, abrindo espaço para a novidade que por ser inquieta, subversiva e mal compreendida, tende a ser vista por alguns, como um incômodo. Não é a toa que em alguns espaços, quando não se tenta silenciar os(as) jovens, busca-se diversas formas de cooptar e se utilizar de seus talentos, oferecendo-lhes uma pseudo-liberdade. Na contramão de alguns argumentos cujo propósito está em descaracterizar aquilo que é próprio dos(as) jovens: o querer estar em grupo, ter sua autonomia e liberdade valorizada, além de experimentar Deus no/com o(a) outro(a).

Eis que o Espírito sopra onde quer... Neste sentido o grupo de jovem valoriza as diversas manifestações do Sagrado, sem impor um modelo único de ser jovem, mas ajuda nas relações com a diversidade, oferecendo instrumentos que desenvolvam habilidades para refletir e intervir nos diversos espaços de participação protagonista, respeitando as diferenças e unindo no que é comum. Sabemos que há inúmeros conflitos que dificultam este exercício do discipulado e da missão de sair ao encontro das realidades que os(as) rodeiam, e é esta a principal razão de existir os grupos de base da PJ: ser mais do que coisa, mas CAUSA na vida da Juventude.

______________________________________
¹ Documento de Estudos da CNBB nº 76, relacionado a identidade das Pastorais da Juventude do Brasil.
² Orientações para a Pastoral da Juventude Latino-Americana (São Paulo: Paulinas, 1997).
³ Documento aprovado na 45ª Assembléia Geral da CNBB para orientar a Evangelização da Juventude na Igreja do Brasil.


 

FONTE: http://eduardodaamazonia.blogspot.com.br/2012/04/para-que-serve-o-grupo-de-jovens.html

domingo, 4 de março de 2012

JOCC se reúne para 2º Domingo de Adoração ao Santíssimo Sacramento em 2012


"É seu esse momento de adoração, não tenho nem palavras para me expressar". Com essas palavras inicio essa reflexão acerca do encontro do Grupo de Jovens JOCC, no domingo, dia 04 de março de 2012. Diante do Santíssimo Sacramento, os olhares de todos os jovens dirigidos a Jesus, em um momento de reflexão. Ele nos pergunta todos os dias: "Você me ama mais que os outros". Não nos basta apenas dirigirmos as palavras, temos de mostrar como é nosso amor por ele. Diante de uma reflexão bíblica ( Jo 21, 15-19) onde diante de Pedro, Jesus o questiona se ele o ama, e o pede para "apascentar suas ovelhas". É nesse apascentar de ovelhas que mostramos nosso amor. No cuidado com o irmão que necessita de uma palavra amiga, que necessita de um copo d'agua, que necessita de um abraço.

"O meu ser se alegra, quando estou em sua presença, Senhor", é o pensamento que passou nos corações dos jovens, que pediram por seus amigos que não estão passando por bons momentos, pelos jovens que não estavam ali presentes naquele momento, pelas famílias, pelos doentes, e por todas as vidas. Podemos parar por um instante e refletirmos as palavras que Cristo fala a cada coração nesse momento que estivemos a sua frente, com seu olhar direcionado a nós. "Meus amigos, alegro-me profundamente em ver-te. Estou contigo, quero falar-te e ouvir-te. Fica certo de que estou realmente presente. Estou em ti. Fecha teus olhos e teus ouvidos a todas as distrações. Retira-te para dentro de ti mesmo, pensa os meus pensamentos, fica a sós comigo. Estas notando como me dirijo a ti? Chamo-te de meu amigo. Quando falo contigo, não te dou o nome de 'servo', mas de 'amigo'. Sim, e até mais que isso, tu és meu irmão, minha irmã e minha mãe. Alegro-me que desejes vigiar um pouco comigo, confiar em mim e permitir-me confiar em ti. Nunca, durante aqueles muitos meses antes da ultima ceia, eu me uni a eles como me uno contigo na santa comunhão" (ENZLER, 1968, pág. 11 à 13).

Quantas vezes ao acordarmos nós olhamos para nossa mãe e para nosso pai, e pela manha dizemos do fundo do nosso coração um "TE AMO" e buscamos por meio de atitudes demonstrar esse amor. Jesus ele nos quer demonstrando esse amor, não apenas por meio de palavras e orações. Ele deseja que mostremos nosso amor por meio de nossas atitudes, inspirado em sua atitude na Santa Ceia. "Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. (Jo 13,3-5)". Tendo mostrado a nós como amar a seu irmão, ele nos mostra que devemos acima de tudo servir a nosso irmão e ama-lo como amamos a Cristo.

Muitas vezes através daquele irmão que a gente rejeitou um dia é que Ele nos salva e nos faz enxergar além daquilo que os olhos nossos podem ver, nos faz enxerga o verdadeiro poder do amor e da união! Por isso não somos nós a escolher um amigo, é Deus quem os coloca em nossos caminhos nos momentos em que mais precisamos, pois é Ele quem nos consagra para sermos verdadeiros amigos num só coração; o Sagrado e Diviníssimo coração de Jesus! Desse modo encerro essa descrição e reflexão acerca do 2º Domingo de Adoração ao Santíssimo Sacramento no Grupo de Jovens JOCC.













FONTE: ENZLER, C.I., Cristo Minha Vida. Edições Paulinas, São Paulo - SP, 1968 



Mais sobre este assunto:
Textos

http://blogdoskup.wordpress.com/2011/05/13/texto-lavar-os-pes-joao-13/

http://blogboanova.blogspot.com/2011/08/adoracao-ao-santissimo-sacramento.html

Vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=laN7xsb4pEM&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=zFBt6uPy5L8&feature=related


 


 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Reflexão de Quarta - Quaresma: Amor e Compromisso!

Iniciamos hoje um tempo muito importante para a Igreja Católica: a Quaresma. "Prova de amor, maior não há, que doar a vida pelo irmão", esse é comumente o refrão mais lembrado nessa época, pois a partir desse momento passamos a fazer memória daquele que por amor deu-nos a vida.

Entretanto, para melhor lucidar este momento tão sublime que iniciamos, trago a todos uma reflexão sobre a quaresma extraída do site da Pastoral da Juventude - Regional Sul 1.


“Tempo de Quaresma é tempo de amar apaixonadamente, por isso é tempo de pensar na vida, refazer caminhos, mudar de vida!”

  
Só quem realmente ama apaixonadamente é capaz de fazer a opção pela pessoa amada, de tomar a iniciativa e se comprometer com ela. Deus assim o fez: “Eu vi a opressão do meu povo no Egito. Ouvi o seu clamor... e desci para libertá-los...” (Ex. 3, 7-8). Dando assim, início a sua primeira Aliança por meio de Moisés, marcada pela celebração da Páscoa. E com Jesus de Nazaré a Nova Aliança é celebrada, Ele assume também a opção pelo povo e sua libertação!
Celebrar a Quaresma é fazer memória da Aliança de Deus com seu povo, mais ainda é colocar-se a caminho e reviver a caminhada de 40 anos do povo de Deus no deserto em busca da Terra Prometida, rumo à verdadeira libertação; como também dos 40 dias que Jesus passou no deserto em oração antes de assumir a sua missão. É tempo propício de darmos a nossa resposta a este amor apaixonado; de tomarmos consciência de que somos continuadores desta Aliança que Deus continua fazendo conosco, o seu povo. É necessário, portanto “pensar na vida, refazer caminhos, mudar de vida!”
“Rasguem o coração e não as roupas...” (Joel 2, 13). É este o convite que o Senhor nos faz na Quaresma! É preciso voltar-se para Deus não com ritos externos e por pura aparência é preciso um movimento interno de conversão e mudança que perpasse toda a vida e que leve ao compromisso com o outro por meio do Jejum e da Oração.
JEJUM não apenas do alimento, mas autodomínio sobre nossos sentimentos, atitudes e palavras e principalmente o cumprimento da caridade e da justiça, que é o jejum agradável a Deus: “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu e não se fechar à sua própria gente.” (Isaías 58,6-7).
ORAÇÃO pessoal numa constante busca de realizar a vontade de Deus e responder aos desafios do nosso tempo atual. Este é um tempo propício para oração, reflexão escuta de si e da realidade. E também oração comunitária, que dá sentido à vida cristã porque conduz à caridade, à fraternidade para com todos os irmãos. A dimensão comunitária da Quaresma é assumida com a Campanha da Fraternidade, que neste ano de 2012 com o tema: "Fraternidade e Saúde Pública" e o lema "Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Eclo. 38,8). Convida-nos à reflexão e ação diante da questão da Saúde Pública e nos convoca à conversão, à solidariedade e ao comprometimento social em vista da transformação desta realidade que causa sofrimento, sobretudo àqueles que não têm acesso à Saúde Pública de qualidade.
Viver o tempo da quaresma não é simplesmente preparar-se para celebrar a Páscoa de Jesus, mas é realizar uma caminhada de conversão que nos conduz a viver de fato uma vida nova que brota da cruz, a percorrer o mesmo itinerário do Jovem de Nazaré e a nos converter ao Projeto de Deus que ele assumiu de “vida abundante para todos” (Jo. 10,10). É preciso reavivar e renovar a opção pela vida, lutando contra todas as formas de morte que se apresentam contra a dignidade dos filhos de Deus: a injustiça, a fome, todas as formas de violência e opressão, o extermínio de nossos jovens que incansavelmente gritam por justiça e clamam pela vida!
Somente assim: "Celebraremos a Páscoa, não com o velho fermento, nem com o fermento da malícia e da perversidade, mas com os pães sem fermento, isto é, na pureza e na verdade" (1 Cor 5,8). Na certeza de que a vida triunfou, ela venceu definitivamente a morte porque Jesus Ressuscitou!

Por Elaine Cristiana de Lima
(Pedagoga, membro da Equipe de Coordenação da PJ da Arquidiocese de São Paulo e membro do GT Mística e Construção Regional Sul 1)

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