sexta-feira, 15 de abril de 2011

Semana Santa: a Celebração do Amor de Deus


Inicia-se novamente a celebração da Paixão de Cristo. Ramos nas mãos, os fiéis repetem a cena da entrada em Jerusalém, de dois mil anos atrás, com hosanas e louvores próprios dos reis. Mas o reino de Cristo não é um reino político nem terreno. Interrogado sobre isto ele dirá a Pilatos: "Meu reino não é daqui. Se meu reino fosse daqui, certamente meus súditos haveriam de me defender." (Jo.18,36).

Os ramos de oliveira e o caráter festivo são sinais de vida, a vida verdadeira, aquela que não tem fim. Não sendo daqui o reino, há de ser de outro lugar. Outra realidade não puramente terrena, iniciando-se aqui, terá sua plenitude na eternidade. O Senhor Jesus anuncia o reino, o inicia, o realiza. Ensina a respeito das diretrizes e regras, que na verdade se resumem em uma única: amar a Deus e ao próximo. Ao aproximar-se o dia de sua prisão e condenação à morte, conclui todos os seus ensinamentos nestas palavras: "dou-vos o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado" (Jo.15,12).

O evangelista João, em carta à sua comunidade de fé, define: "Deus é amor" I Jo.4,7).
 
Certamente, um fato nos ajudará a entender. Conta-se que num mosteiro, certo dia chegou à porta um homem pobre que recebia dos monges ajudas freqüentes. Trazia um lindo cacho de uvas que ele havia colhido de sua pequena plantação e desejava oferecê-lo ao porteiro, pela amabilidade com que o recebia. O monge o recebeu com alegria, admirado pela beleza das uvas. Ao se distanciar o doador, pensou o monge porteiro: vou dar este lindo cacho de uvas ao Abade. Ele o merece mais do que eu. O Abade o recebe maravilhado. Partindo o porteiro, o Abade ofereceu as uvas ao monge mais velho e doente.  Ao se distanciar o Abade, o doente as dá ao monge enfermeiro, como prova de gratidão pela sua caridade. Mas ao sair do quarto, o enfermeiro presenteia o monge cozinheiro, agradecido pelos humildes serviços. O cozinheiro, já quase ao fim do dia, toma cuidadosamente as uvas e as dá ao monge mais jovem para que não se desanimasse diante das dificuldades. Este, com os olhos brilhantes de admiração, toma as usas e as oferece ao monge porteiro que o recebeu com tanta bondade. O porteiro recebe novamente as uvas, certo agora de que vivia verdadeiramente num lugar de Deus, onde reinava exclusivamente a lei o amor e todo sinal de egoísmo havia já desaparecido. Ah! Se o mundo inteiro fosse assim! Eis o jeito de se viver os dias santos da semana que se inicia e que culminará com o Tríduo Sagrado da Páscoa, quando se cantará convictamente "Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão" e , mais uma vez, se proclamará a palavra de Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham plenamente". Feliz Páscoa!

Dom Gil Antônio Moreira

Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora - MG

 
Meus queridos amigos de fé e luta, assim como o evangelista João proclamou que Deus é amor, também nós, a exemplo desse amor, que seja vivido, sentido. Arrisquemos nossa vida por esse amor, assim como diz o poeta. Ele é nosso refugio, esse amor tão grande e tão forte é que nos protege, afasta nossas angustias, nossos medos.

 
Fonte: Adaptado do Artigo de Dom Gil Antônio Moreira: http://www.cnbb.org.br/site/articulistas/dom-gil-antonio-moreira/6294-semana-santa-a-celebracao-do-amor-de-deus

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Semana da Cidadania começa amanhã!


Em consonância com a Campanha da Fraternidade que tem como tema "Fraternidade e a Vida no Planeta" e como lema "A criação que geme em dores de parto!" (Rm 8, 22) as Atividades Permanentes de 2011 das Pastorais da Juventude do Brasil propõem a valorização da rlação com o mundo, de forma mais fraterna, justa e sustentável, compreendendo o ser humano como parte da criação e não proprietário dela. A partir da Palavra, desejamos aprofundar-nos no debate para encontrar caminhos de superação do modelo de desenvolvimento que massacra os povos e a vida do planeta em favor de poucos. Queremos reafirmar o pertencimento à América Latina, rumo a um projeto de integração sem fronteiras, sem exclusão, sem exploração, de resistência e reconstrução da história, onde o povo a protagoniza de modo que o Reino de Deus, a Civilização do Amor e o outro mundo possível se concretizem entre nós no hoje e no agora.
De tal forma, a Semana da Cidadania (cartaz), tem se inicia agora dia 14 até o dia 21, tem como tema: "Juventude, terra viva" e como lema: "Da mãe terra: esperança e resistência.

O QUE É A SEMANA DA CIDADANIA?

É uma das três Atividades Permanentes das Pastorais da Juventude do Brasil, que tem por objetivo a partir de temáticas próprias da juventude, ver, julgar e intervir na sociedade, ampliando o exercício da cidadania, a fim de construir a Civilização do Amor, na qual acreditamos. A Semana da Cidadania não é um evento. É parte de um processo dos grupos organizados que desejam ir ao encontro dos outros jovens para anunciar a vida para todos/as. A cada ano, as Pastorais da Juventude propõem um tema. Esse tema é para dar unidade e um enfoque especial a ser tratado nos grupos. O tema tem sempre sintonia com a temática proposta pela Igreja para a Campanha da Fraternidade e com a Semana do Estudante e o Dia Nacional da Juventude.

POR QUE PARTICIPAR?

Acreditamos que a Semana da Cidadania é o momento que as Pastorais e as Juventudes têm de conhecer mais profundamente a realidade juvenil e suas problemáticas. Seu material propõe textos com um viés mais reflexivo e de aprofundamento, a fim de, para além de a conscientização apontar junto da Semana do(a) Estudante e do Dia Nacional da Juventude caminhos para transformar a realidade e construir o Reino de Deus, aqui e agora.
Segue em anexo os materiais para subsidiar o trabalho dentro de nosso grupo:


- Subsídio Oficial


Queridos amigos do grupo JoCC, mobilizem-se dentro do grupo para a discussão deste tema tão abrangente dentro de nosso momento. Apóiem, gritem, lutem. É preciso um grito que clame por ajuda e providências. Quem sabe não é a nossa vez e hora de agir?

Fonte: Pastoral da Juventude Nacional http://www.pj.org.br/noticias.php?op=ExibeNoticia&idNot=760
 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Grupo JoCC – 3 anos


Olá meus amigos. Eu estava hoje, pensando logo pela manhã, em o que passar para vocês de bom para comemorarmos nosso 3º ano de aniversário. Pensando aqui, deixei passar despercebido que eu mesmo, vosso escritor, ainda não passei minhas declarações sobre esse grupo, sobre como ele mudou minha vida e como ainda muda e me faz sentir sempre feliz quando aceitei o convite de participar dele. Vamos lá... Todos sabem quem sou não há necessidade de apresentações...

Comecei a participar desse grupo no começo do mesmo. Não havia engajamento dentro da igreja, pois como sabemos, é difícil o jovem se encontrar em certo período da vida, seja no aspecto pessoal, amoroso e profissional. Mas enfim, eu estava nessa fase... Não sabia onde colocar meu barquinho. Uma grande pessoa especial para mim me chamou para participar de um grupo recém criado, um tal de grupo da Irmã Carminha (pasmem, alguns ainda nos conhecem assim!). Bem, como era na época, não queria me envolver com isso, pensava que não poderia ser bom e como seria difícil me acostumar e me encontrar dentro desse grupo... Poxa vida, como vou chegar onde não conheço ninguém, é algo complicado demais.

Pois bem meus amigos, diante de tal situação, obviamente resisti a tal "investidas". Porem, toda pedra dura um dia fura frente a água que jorra calmamente sobre ela. Realidade pura. Um dia decidi participar de tal encontro para ver como era, só para também não ficar chato para minha amiga que me convidava sempre. Chegando lá, fui surpreendido com a simplicidade do local e do grupo. Recordando, eram cerca de 8 pessoas, uma irmã tocando violão, alguém na bateria, outro em uma guitarra e somente isso. Uma caixa de som antiga e jovens animados cantando. Essa foi minha visão ao entrar naquele local no primeiro dia. Foi estranho entrar e ser recebido tal calorosamente, confesso que me surpreendi com isso. Era algo simples. Lembro–me muito bem dessa irmã resmungando para o violonista tocar direito, pois estava fora do tom, estava errado e por aí vai. Essa tal violonista é uma das pessoas mais incríveis que conheci.

Continuando... Diante disso só sabia sorrir, pois não sabia o que dizer frente a tanta fé e animação, mesmo com as dificuldades. Estava em minha frente uma família que passaria a chamar de minha desde então. Passaram semanas, eu continuava indo, cada vez tudo melhorava. Deixamos de lado a barraca velha e a caixa antiga por um espaço maior e mais amplo. O violonista simples não ficou sozinho e teve a ajuda de amigos para animar. A irmã teve a ajuda daqueles que, naquela mesma barraca ajudaram a animaram esse grupo. Esses mesmos jovens, cresceram juntos, viveu grande parte de suas vidas juntos, deixaram de viver momentos vazios para viverem sorrindo, chorando, pulando, gritando e brigando, porem unidos, vivos com base numa fé que hoje posso atestar que é mais forte que qualquer pedra que possa se abater sobre ela. Esses jovens cresceram, abriram as asas para a paróquia, voando mais alto e rumo à utopia tão sonhada.

Amigos surgiram, outros partiram. Chegaram pessoas que com pouco tempo já marcam profundamente minha vida. Gente que eu conhecia nas ruas, nos bairros, porem não conhecia suas almas, seu coração. Hoje posso atestar com certeza, mesmo não sendo aquele jovem pequeno e tímido que entrou naquela barraca naquele dia, posso dizer certamente que houve uma modificação grande dentro de mim que somente seria existente com a ajuda desses amigos, dessa base que hoje me sustenta fortemente. Costumo dizer que me recuso a dizer que participo de um "grupo de Jovens". Não é somente isso, eu participo de um "grupo de irmãos", "Grupo de amigos", amigos e irmãos de fé, lutas, gritos, sorrisos e alegrias. Amigos que sei que posso confiar...
Mas acredito que minha história hoje, o que sou hoje, se deve a tudo que vivi dentro desse grupo. Todos sabem como vivo hoje, mas sei que não posso e não quero me distanciar de meu ninho, de meu aconchego, de onde sei que sou bem recebido e sei que lá encontro as pessoas que eu gosto.
Bem, essa foi minha contribuição de como esses amigos, essa família me mudou

terça-feira, 5 de abril de 2011

3 anos de Grupo JoCC


Meu caro leitor, nesse mês de abril que se inicia nosso grupo irá passar por um tempo muito especial na nossa vida pastoral. Estamos comemorando 3 anos de existência. 3 anos de muitas lutas, alegrias e emoções. Nesses artigos que vou publicar ao longo desse mês, tentarei passar para vocês um pouco de nossa história, memórias e momentos importantes que vivemos. Vamos lá aos fatos:

História 1 – O início

No inicio do ano de 2008 havia uma forte necessidade de se nuclear (criar) um grupo de jovens dentro da paróquia. O pároco local até então, Pe. Luis sentiu que havia a necessidade de mais um grupo na cidade. Havia uma pessoa que poderia ajudar na formação desse grupo: Irmã Carminha. Uma missionária residente em Rio das Pedras há pouco tempo, pertencente a Congregação Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, resolveu aceitar o desafio e disse sim a essa missão. Mas havia uma questão: Onde encontrar esses jovens para participar desse grupo? O chamado começou a ser feito nas missas da paróquia, nas aulas de crisma, nos eventos paroquiais, ou seja, onde podia. Até que, no dia 16 de abril de 2008 deu-se enfim o sonho realizado ... não verdadeiramente como se queria, mas já era o primeiro passo. No dia supracitado, foi realizado o primeiro encontro do recém criado grupo, até então sem nome, e muito menos jovens. Em seu primeiro encontro, poucos jovens apareceram. Mas isso não foi motivo para que os que estiveram lá nesse dia não desistissem de evangelizar os jovens.
Numa barraca velha, num domingo de manhã, um violão, menos que dez jovens e uma caixa de som antiga e pesada da igreja. Esse foi o panorama de nossa primeira reunião ... Não foi dos melhores, mas enfim, nem sempre começamos como queremos.