Amigos,
amigas.
Durante
esse dia frio de uma segunda-feira véspera de feriado, vários pensamentos,
angustias e reflexões vieram em minha mente. Creio que, o tempo nublado,
nebuloso e acinzentado me deu uma impressão de véspera, de várias perguntas e
reflexões, como se o tempo fechado não me deixasse ver a luz que se esconde por
trás dele. Enfim, pensamentos e mais pensamentos me acompanharam.
Neste
fim de semana, vivemos momentos muito especiais, e especialmente também este
mês que termina vivemos muitas experiências e me senti no dever de compartilhar
estes momentos e o que tudo isso me trouxe a tona.
Primeiramente
para compor este texto fiquei pensando, revirando fotos, vídeos, textos,
momentos vividos por este grupo que especialmente neste mês de abril passado
viveu sua 4ª primavera. Muitos neste mesmo mês viveram um momento de
confirmação de seus votos batismais, momento importante para o cristão como a
confirmação do compromisso com o Cristo libertador e salvador.
Nesse
momento, muito me marca uma passagem onde Lucas cita um momento muito
importante ocorrido após a morte de Cristo.
“E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia,
que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando
entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando
entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com
eles. Mas os olhos deles estavam
como que fechados, para que o não conhecesse.” (Lucas 24:13-16)
O caminho que percorremos geralmente é bem mais importante
que o destino onde queremos chegar. Tal caminho nos forma, revigora, nos fortalece.
Cada terreno onde passamos deixa marcas, boas e ruins, e também nossos pés
deixam marcas nesse solo, que mesmo com o vento e com a chuva, de uma forma ou
de outra estarão lá e farão com que esse chão não seja mais o mesmo de antes.
Em uma caminhada de quatro anos, convivemos com diversas
pessoas. Diversos “pés” que deixaram marcas, boas e ruins também em nosso solo
chamado coração. Cada solo também deixou marcas nesses pés, pois muitos voltam
e seguem caminhando conosco.
Em Emaús, os homens caminhavam e conversavam, até que um
homem qualquer se aproximou e se pôs a caminhar com eles. O homem qualquer os
questionava, os instigava a falar sobre um tal Galileu que havia morrido a
poucos dias. O homem andou e comeu com eles, foi aí que os olhos se abriram
para o Cristo que caminha com eles.
Em muitos vezes temos Cristo ao nosso lado, caminhando
conosco, estando ao nosso lado. O Cristo missionário, o Cristo que se põe ao lado
na caminhada.
Essa caminhada amigos, estamos construindo a 4 anos, criando
raízes, construindo fé. Nesse momento vivemos muitos momentos especiais,
momentos que não queríamos estar vivendo e outros que jamais saíram de nosso
coração.
Como disse no começo desse texto, vivemos momentos muito
felizes nesse último fim de semana. Fizemos memória dos diversos momentos que
nosso grupo tem vivido. Momentos de alegria, de espiritualidade, momentos de
felicidade, tristeza também, porém momentos em que sempre vivemos unidos.
Conduzidos por uma freira - que em muitos momentos
sinceramente nos tirava a paciência, porém que amamos demais - chegamos onde
estamos hoje, vivemos o que vivemos, nos transformamos, nos fortalecemos e nos
unimos, sempre confiantes nesse Cristo e também unidos pela fé.
Em diversos momentos pensamos em desistir, pensamos em parar
no meio do caminho e dizer “chega”, “não dá”... em muitos momentos pensamos, “hoje
não vou”, “tá cedo”... isso todos nós pensamos. Porém, caminhando e olhando ao
nosso lado um Cristo que caminha conosco nas lutas diárias, isso nos faz abrir
nossos olhos para o sagrado, para aquele “partir o pão” que para nós é
essencial.
Em cada momento dessa breve caminhada percorrida, muitos
amigos eu fiz e venho fazendo, amigos que são eternos. Mas nada me dá mais
felicidade de ver essa família cada vez mais forte, mais unida com o Cristo e
pelo Cristo.
Finalizo esse texto com um texto extraído da Canção Nova:
E
quem tem sede, e sabe que a tem, mas nada faz, continua sedento. Por outro
lado, quem tem sede do Senhor e pede essa graça, com total confiança em Deus,
em vez de um copo, a vida o saciará com uma fonte, que jamais vai cessar de
jorrar de seu interior.
Ricardo Sá Canção Nova
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